domingo, 17 de abril de 2011

Qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência.

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV:

Colbert - ministro de Estado e da Economia do rei Luiz XIV.

Mazarino - Cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Ele era um notável coletor de arte e joias, particularmente diamantes. Deixou, por herança, os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre, em Paris.



Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se...

Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah, sim? O senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de obtê-lo se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: Criam-se outros.

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E então os ricos?

Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: Então como havemos de fazer?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente!
Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres:

São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficar pobres.
É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais!
Esses, quanto mais lhes tirarmos, mais eles trabalharão para compensar o que lhes tiramos.
É um reservatório inesgotável.

RESUMO DA ÓPERA: NÃO É DE HOJE QUE A CLASSE MÉDIA SÓ SE FO#&*DE...

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